11/29/2012

Sozinha


Não, eu não sei o que acontece, juro que não. Não sei o que me toma e qual o nome disso que eu não consigo expulsar, por mais que reze. Eu não sei o que me dá.
Mas dá vontade de me atrofiar, ficar quieta sem que ninguém me encha o saco. Ser esquecida por um momento e ser lembrada só quando eu quiser.
Quero ficar aqui debaixo dessa arvore, ou deitada nessa cama e não quero que ninguém abra a porta. Estou desejando o mar em minha frente e um belo grande casaco, porque provavelmente estará bem frio.
Não quero braços de ninguém que esteja perto e se meu amor estivesse aqui eu pediria silêncio.
 “Apenas fique comigo, porque com você não preciso ficar sozinha”.
Mas não me é viável. Então quero solidão, como sempre quis. Quero ver ninguém, nem ao longe. Não quero ouvir vozes, apenas o som da natureza. Só os pássaros, ao dia, ou as corujas à noite podem quebrar o silencio e mais o barulho das ondas ou os sons esquisitos que a noite traz. Quero um bom tempo assim, uma meditação comigo mesma e pode até haver algumas lágrimas e borrões.
Eu quero ser a única aqui, por favor, não me venha. Apenas quero um momento comigo mesma e esse momento pode ser bem longo.
Não te preocupes, eu sou assim, sempre fui. Sempre precisei de um tempo sozinha.
Então para não parecer tão grossa e estupida, prefiro ficar bem longe de tudo que me é normal todos os dias. 

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