6/03/2011

(27.maio.2011)

Andávamos na rua do colégio à noite, havia grades estendidas a todo muro que no real são inexistentes. Dava para ver as plantas vivas e arvores, porém estava tudo escuro, banhado apenas a luz da lua.
Um homem me olhou lá de dentro, era mais uma sombra negra. Achei que fosse reflexo, coisa da minha cabeça.
Mas um pouco mais a frente uma mulher sentada mais perto da grade, mais perto de mim, olhou do mesmo jeito, sem dar medo, sem cara de sofrimento, nem dor, muito menos de negação, ela só olhou pelos longos cabelos. Estava meio que de costas e sua cabeça girou, aquilo realmente me assustou, não podia ser coisa da minha cabeça, era real, talvez até mais real que eu.
Então eu gritei, gritei para minha mãe que estava mais atrás, e preocupada comigo, mais comigo do que com aquele lugar, parecia que ela já tinha visto tudo àquilo antes. Eu gritava: ”_Tem gente aqui, mãe! Tem gente aqui!”, não eram como eu pensava, os dois eram reais e não coisa da minha cabeça, e eu estava me desesperando, querendo correr dali. Então ela gritou pra mim de volta: “Acorda, isso é um sonho, Acorda!”

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