2/09/2011

Entre a Luz e a Escuridão

Estava voltando de algum lugar, como sempre havia algo antes que não me lembro mais, ou melhor, o sonho nunca começa do começo, ou não lembro o começo, seria mais certo dizer assim.
Avistei ao longe, um rapaz com seu violão cantando debaixo de minha janela da minha suposta casa de dois andares. A casa de esquina em sua pintura amarela e janelas de madeira.
Pensei em um amigo, deveria ser ele, mas não era, o que me fez desistir de fugir e ir até o rapaz na curiosidade de quem fosse.Ele cantava e se movia de um jeito extrovertido, me parecia interessante.
(...)
Na varanda da minha suposta casa, a mesa encostada na parede, em cima dela alguns bagulhos e uma planta verde em detalhes vermelhos, ele estava sentado numa cadeira de frente para mim, que eu subida algumas escadinhas, passei pela porta principal e fui até ele, me sentei em uma cadeira já arrastada e sorri...
(...)
Agora estávamos em uma casa sem luz, usávamos lanternas como nos filmes, um grupo de adolescentes em uma casa escura e grande, alguns pontos de claridade iluminados pela lua nas janelas abertas. Procurávamos por algo que rangia como sons de uma casa velha, mas tinha algo, gente ou bicho?
Andávamos separadamente, quando notei uma respiração e alguma coisa se mexendo na escuridão perto de um ponto de luz, ela se alternava entre a luz e a escuridão, tudo que conseguíamos ver era sua calda, parecia uma cobra, um gongolo gigante, uma minhoca grande enrolada com uma calda marrom e listras largas na horizontal. Ela se movia devagar e me parecia ameaçador, procurei por ajuda e todo vieram se juntaram a mim, tínhamos algumas armas para afastá-las e lanternas, ela parecia ter medo da luz.
No momento que se sentiu mais ameaçada, ela atacou, chegou bem perto do nosso rosto e quando colocávamos a lanterna em sua cara ela se escondia novamente, fez isso por várias vezes, seu rosto não era muito agradável, a cobra se transformara em uma bruxa, cabelos claros e espigados pra cima, olhos esbugalhados e boca sem dentes, como um lobisomem metade homem metade lobo,ela era metade cobra,metade bruxa. Se embolava em seu canto e aparecia como um flash, aquele rosto terrivel nos assustava, mas logo a mandávamos embora com luz, isso aconteceu várias vezes até nós mandarmos embora de vez.


A diferença desse sonho, é que mandei o monstro da vez ir embora antes de acordar, e não fugi dele, encarei!Já me falaram uma vez: "Isso é porque você é uma fantasiosa,sonhadora e nos seus sonhos só há castelos". Bem, eu sou, sempre sonhei muito acordada e esquecia de viver.Desejos que não saiam a imaginação, ou até mesmo desejar tanto e aplicar em coisas nada haver.
Estou mais realista hoje em dia,mas ainda sou a sonhadora e fantasiosa de sempre, apenas um pouco mais desperta.

Nenhum comentário: